quinta-feira, 15 de abril de 2010

O mercado de autos sem corte do IPI


A Fenabrave deve divulgar nos próximos dias os números de vendas de automóveis na primeira quinzena de abril, o primeiro mês sem o incentivo da redução do Imposto de Produtos Industrializados (IPI) para o setor. Será interessante acompanhar qual o impacto direto do fim do benefício mas, qualquer que seja o resultado, ainda é cedo para traçar um cenário definitivo do mercado automotivo, que veio numa sucessão de recordes, turbinados, em grande parte, pela proximidade da retomada das alíquotas do setor.

Se os números comparados com a primeira quinzena de março mostrarem estabilidade ou uma queda modesta, haverá motivo para comemoração por parte das montadoras e revendedores, que já devem estar preparados para um impacto negativo inicial. Mas o próprio mercado criou alguns mecanismos para reduzir o prejuízo. Algumas montadoras anunciaram a ''prorrogação" da redução do IPI, o que, na maioria dos casos, se tratou da venda de veículos com estoques faturados anteriormente. Ao longo do tempo, não será possível manter essas "promoções" e então o resultado será mais palpável.

No caso de ocorrer uma redução brutal nas vendas, também não há motivo para desespero por parte do setor. Afinal, quem tinha um projeto concreto de comprar um carro novo preferiu executá-lo até o final de março, aproveitando o benefício. Com isso, as de vendas automovéis e comerciais leves no mês passado, de 337.381 mil unidades, apresentaram uma alta de 59,61% ante fevereiro. O crescimento sobre março de 2009 - quando já vigorava o incentivo- foi de 29,27%, mostrando que a confiança do consumidor é bem superior ao período mais agudo da crise internacional. De qualquer forma, o mercado ainda espera que o setor automotivo brasileiro continue a apresentar resultados positivos, como demonstram os investimentos programados para os próximos anos.

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