Por Paulo Fortuna
Para o Valor, de São Paulo
A Copa de 2014, que será disputada no Brasil, será o primeiro grande evento esportivo global em que estará em funcionamento o serviço da banda larga e telefonia móvel de quarta geração (4G). De acordo com os planos do governo brasileiro, todas as cidades que sediarem a competição já terão a tecnologia disponível, o que possibilitará aos usuários que tenham aparelhos compatíveis um acesso de 20 a 40 vezes mais rápido, em média, do que o alcançado com as atuais redes 3G. A implantação da rede 4G faz parte de uma série de ações para tentar garantir que o sistema de comunicações na Copa funcione à altura de uma competição desse porte, que incluem também investimento em fibra ótica e em fiscalização.
"A Copa é a oportunidade de acelerar os investimentos necessários para melhorar a infraestrutura que é oferecida aos cidadãos do país", diz o secretário-executivo do Ministério do Esporte e membro do Grupo Executivo da Copa (Gecopa), Luís Fernandes. Para ele, os investimentos deixarão um legado importante no que se refere à integração e qualidade dos serviços.
Fernandes acredita que, com as ações previstas, o Brasil não deve ter problemas com as comunicações durante a Copa, evitando, por exemplo as dificuldades causadas pelo excesso de tráfego de dados durante a Olimpíada de Londres, em agosto.
O governo federal definiu em abril que os setores de telecomunicações e tecnologia da informação (TI) receberão aportes de R$ 371 milhões voltados a infraestrutura e segurança para a Copa. Um dos objetivos principais é garantir que links de internet e as transmissões de TV não sofram falhas durante os jogos. Para a implantação de redes de fibra óptica e ligação via rádio nos locais em que vão ocorrer eventos da Copa e nos centros de treinamento das seleções está previsto gasto de R$ 200 milhões.
Caberá à Telebrás implantar essas operações. Ao final da Copa, a nova infraestrutura será integrada à rede de fibras que será usada no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que pretende massificar o acesso à internet de alta velocidade no país.
O segundo grande investimento é com a fiscalização e monitoramento do uso dessa estrutura. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai gastar R$ 171 milhões para executar esses serviços, considerados essenciais para a realização da Copa.
Essa fiscalização inclui, para cada cidade-sede, a instalação de quatro estações móveis da Anatel em estádios; seis estações fixas, em aeroportos e Fan Fests; dez fiscais; duas unidades que farão testes de qualidade dos serviços móveis de telecomunicação.
O gerente geral de fiscalização da Anatel, Tiago Henrique Botelho, diz que caberá à agência, por exemplo, monitorar o uso dos espectros de frequência durante as transmissões do evento - trabalho é fundamental para evitar interferências nas transmissões. A Anatel também está investindo no treinamento dos funcionários. "Não adiantar somente investir equipamentos, temos que ter também servidores capacitados para exercer essas atividades, explica.
http://www.valor.com.br/empresas/2847554/transmissoes-na-copa-serao-vitrine-privilegiada-da-4g
Paulo Fortuna
Economia, negócios e poder
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
terça-feira, 11 de setembro de 2012
À espera do melhor momento para o IPO
Por Paulo Fortuna
Para o Valor Financeiro Capitalização de Empresas
O mercado está em compasso de espera para a retomada de Ofertas Públicas Iniciais (IPOs, na sigla em inglês) na bolsa brasileira. Companhias prontas para estrear na Bolsa adiam as ofertas enquanto não há um sinal mais claro de recuperação do cenário de instabilidade e volatilidade, impulsionado principalmente pela crise na Europa. A expectativa é que, com esse quadro de incerteza e risco, os preços das ações possam sofrer um desconto excessivo ou, pior ainda, os IPOs fracassarem por falta de investidores interessados.
“Hoje, de 10 a 20 empresas estão prontas para fazer um
IPO no Brasil, esperando uma janela de oportunidade”, afirma o diretor da
Associação Brasileira das Entidades dos Mercados de Capitais (Anbima), Márcio
Guedes. Para ele, essas empresas estão adiando as ofertas porque não querem
sofrer o “desconto” que o mercado impõe nessas condições, em que ações podem
sair por um preço menor do que os emissores avaliam ou atingiriam valores
maiores numa situação mais favorável.
Guedes ressalta que o cenário internacional tem sido
decisivo para aversão ao risco na bolsa brasileira, ressaltando que 2/3 dos
investidores que participam de IPOs no Brasil são do exterior. “Com a crise lá
fora, os investidores internacionais ficam reticentes e o Brasil acaba sendo
afetado, explica Guedes, lembrando que as bolsas de todo o mundo estão sofrendo
com a crise.
Além disso, lembra o diretor da Anbima, há um outro fator
importante para desestimular novas IPOs neste momento: os preços das ações negociados
na bolsa brasileira têm um desconto elevado, o que leva os investidores a
buscarem essas oportunidades, ao invés de correrem o risco de um IPO. “Na
medida em que os preços se ajustarem, o cenário pode ficar melhor para a
retomada das ofertas”, diz o diretor da Anbima.
O analista-chefe da
Corretora Souza Barros, Clodoir Vieira, avalia que dificilmente este cenário de incerteza será dissipado ao longo de 2012,
por conta dos efeitos da crise na zona do Euro e das suas consequências para o
restante da economia mundial.
Vieira destacou outro
fator complicador do cenário neste ano: a megaoferta do Facebook, que rendeu US$ 16 bilhões, a maior da história das empresas
de internet, acabou decepcionando os
investidores quando as ações começaram a despencar após a estreia na Nasdaq;
De acordo com ele, o tombo do Facebook ajudou a acrescentar ainda mais
desconfiança no mercado, reduzindo o apetitide dos investidores internacionais.
Por isso, Vieira
acredita que o volume de IPOs deve continuar bem modesto. “Se houver uma
recuperação, será em novembro ou dezembro”, afirma ele. “Neste momento, por
conta do cenário de instabilidade e volatilidade, os analistas podem precificar a empresa abaixo
do que seria o seu valor real”, lembra ele. O analista também acredita que há
empresas que já estejam preparadas para realizar seus IPOs em 2013 ou 2014,
caso as condições mercado melhorem.
Para o sócio líder de Mercados Estratégicos da
Ernst & Young Terco, André Viola Ferreira, a queda nas taxas de juros
básicos promovida seguidamente pelo Banco Central (BC), a princípio deveria
estimular os investimentos em renda variável, como a própria Bolsa,
impulsionando o lançamento de novas ofertas. Mas o cenário externo tem se
sobressaído. “Os 2/3 de investidores externos que poderiam participar e neste
momento estão reticentes são relevantes
para reduzir o volume de novas ofertas”, ressalta ele.
Ferreira destaca que, mesmo
diante de uma conjuntura menos favorável, há alternativas para as empresas terem
melhores resultados nos IPOs. “Melhor governança e um plano de negócios robusto
são dois fatores que podem contribuir para valorizar as ações da companhia numa
oferta”, afirma Ferreira.
O sócio-líder de Global IFRS and Offerings Services da Deloitte, Bruche Mescher, diz que “a
palavra do momento é volatilidade”, se referindo aos efeitos da crise externa
nas bolsas, mas avalia que, no caso do Brasil, os fundamentos da economia
continuam positivos e há boas perspectivas de que empresas rertomem os IPOs.
Mescher destaca que as empresas ligadas ao setor de infraestrutura, por
exemplo, vão ter que captar recursos para financiar seus projetos que exigem
grandes investimentos e terão maturação no longo prazo.
O sócio de Auditoria da Delloite, Alexandre Cassini, acrescenta que a realização de IPOs ainda é uma melhores alternativas que as empresas possuem para buscarem recursos para novos investimentos. Estudo realizado pela Deloitte aponta inclusive que o custo para realização de uma oferta pública de ações no Brasil vem caindo nos últimos anos.Se em 2005, ele representava 5,1% do valor da operação, esse percentual caiu para 3,4% em 2011.
O movimento aconteceu tanto pelo aumento do número de
bancos que atuam nesse mercado - o que eleva a concorrência - como pelo aumento
do tíquete médio das ofertas, o que dilui custos fixos.Na média ponderada do
período de sete anos, apurada com base em 214 transações realizadas, o custo
para a empresa ficou em 3,7% do valor das ofertas. Em termos financeiros, isso
representa um gasto de R$ 31,4 milhões.
Ofertas
inferiores a R$ 200 milhões tiveram custo médio de R$ 9,2 milhões, equivalentes 5,6% da captação,
enquanto as operações maiores, de R$ 1 bilhão a R$ 9 bilhões, saíram por R$
56,7 milhões, ou 3,5% do total.
O
volume de IPOs em 2012 está bem distante das previsões do início do ano
realizadas pela própria BM&FBOVESPA, que apontavam entre 40 e 45 operações
ao longo do ano. Foram realizados somente quatro
ofertas públicas iniciais na Bolsa brasileira: o banco de investimentos BTG
Pactual, a locadora de veículos Locamerica, o fabricante de móveis Unicasa e a Taesa, empresa do
segmento de transmissão de energia da Cemig. No ano passado, foram 11 ofertas.
Em 2007, o melhor ano da história da Bolsa, 64 companhias brasileiras
abriram capital, entre elas Tecnisa, JBS, Marfrig, MRV e SulAmérica. Em
meio à janela de oportunidades muitas empresas não operacionais na época também
entraram no mercado, como a MPX Energia, do grupo EBX do
empresário Eike Batista, Brazilian Group Hospilaty (BGH), e Agrenco. No total,
as ofertas geraram R$ 45 bilhões. Mas já
no ano seguinte, o mercado começou a sentir os efeitos da crise financeira internacional.
O IPO realizado pela Locamerica, em abril, que movimentou
R$ 313,9 milhões, quebrou um jejum de nove meses sem ofertas no mercado
brasileiro. A oferta acabou saindo a R$ 9,00 a ação,
abaixo do intervalo de preço sugerido no prospecto preliminar da operação, de
R$11,00 a R$ 14,00.
A maior oferta foi a do BTG Pactual, realizada no mesmo
mês, que contemplou 117 milhões de units ao preço de R$ 31,25 cada uma, o que
totalizou uma captação de R$ 3,6 bilhões para o banco de investimentos. A
operação ficou no centro da faixa fixada pelos coordenadores da oferta, de R$
28,75 a R$ 33,75. A transação atraiu 170 grandes investidores, o que garantiu
demanda três vezes superior à oferta. Mas quantidade vendida ficou abaixo dos
121,5 milhões de unidades que BTG Pactual e parceiros ofereciam na operação.
O bom resultado do IPO foi atribuído à confiança no
mercado de bons resultados do banco, aliado ao prestígio de seu principal
acionista, André Esteves. Foi a maior oferta inicial do mercado acionário
brasileiro em quase três anos, desde os R$ 14 bilhões levantados por outro
banco, o Santander Brasil em outubro de 2009. E também conseguiu
ficar entre as 10 maiores ofertas Bovespa
desde 2004, classificado como ano da reabertura dos mercados, ocupando sétimo
lugar na lista.
A Unicasa também estreou na bolsa em abril, captando R$
425,6 milhões em sua oferta, o que poderia indicar uma retomada de IPOs no
Brasil. Cada papel ordinário da companhia, que controla as marcas Dell Anno e
Favorita, saiu a R$ 14,00, abaixo da
faixa de preço estimada pela empresa em seu prospecto, que variava entre R$ 16,50
e R$ 20,50.
A CCX, empresa do grupo
EBX que atua no setor de mineração e carvão na Colômbia, que ainda está em fase
pré-operacional, estrou na bolsa em maio, mas sem a realização de IPO, já que
foi desmembrada da MPX. Mas o cenário ainda nebuloso voltou a inibir o mercado e somente em julho a Taesa realizou uma oferta, levantando R$ 1,75 bilhão. A unit foi foi precificada em R$ 65,00, dentro da faixa estimada no prospecto da operação, de R$ 60,00 a R$ 70,00.
Em contrapartida, empresas como Brasil Travel, Seabras, CVC, Biosev, Manabi desistiram
ao longo do ano de fazer ofertas na BM&FBovespa.. No caso da Biosev, braço
sucroenergético da trading francesa Louis Dreyfus Commodities, foi adiado por tempo indeterminado a sua oferta pública
inicial de ações.
Antes do cancelamento, em julho.
havia um risco de que transação pudesse não ser concluída por falta de demanda
dos investidores. O preço dos papéis da Biosev chegou a ser rebaixado para R$
13,00, segundo fonte, cifra 21% inferior ao piso da faixa inicialmente
sugerida, de R$ 16,50 a R$ 20,50.
A justificativa da Biosev para a postergação do IPO foram as
"incertezas no mercado financeiro". "Foi feito um roadshow pelo
Brasil, Europa e Estados Unidos. Estamos confiantes de que quando o cenário
econômico se restabelecer, novas oportunidades surgirão para a concretização do
nosso IPO", explicou o presidente do conselho da Biosev, Kenneth Geld, por
meio de nota.
Os mesmo cenário foi alegado pela mineradora Manabi ao cancelar o pedido de análise para a sua oferta inicial no
Brasil e no Canadá. De acordo com a empresa, operação foi descartada “devido às
incertezas econômicas apresentadas no mercado financeiro brasileiro e
internacional nos últimos meses, desfavoráveis à realização da oferta global”.
No caso da Seabras, foram dois adiamentos, em fevereiro e abril. No primeiro, a companhia norueguesa da área de petróleo Seadrill, que controla a Seabras, alegou que precisava de mais tempo para fazer a oferta. Na segundo, ao anunciar a desistência, a empresa alegou que estava “avaliando várias oportunidades para aumentar as atividades antes de fazer a listagem".
O presidente da Associação dos Analistas e
Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais em São Paulo (Apimec-SP),
Reginaldo Alexandre, ressalta que lançar ações num momento não favorável do
mercado pode fazer com que as captações fiquem muito aquém do que desejavam no
planejamento da oferta. “É como vender um carro logo após a redução de IPI”,
compara Alexandre.
Ele ressalta que, além disso, uma oferta
fracassada representa riscos de imagem tanto para a companhia que tentou
realizar um IPO, quando para os bancos coordenadores do IPO. Para ele, um
processo recuperação no volume de IPOs no mercado brasileiro passa por duas
variáveis: economia local e mercado internacional. De acordo com ele, embora o cenário externo
seja determinante, uma retomada no nível de atividade na economia brasileira
pode ser um fator de estímulo para a retomada das ofertas.
“Quem se arriscar agora, vai deixar um
pedaço na mesa”, concorda o analista-chefe de investimentos da corretora SLW,
Pedro Galdi. O analista também acha difícil que o mercado mostre recuperação no
curto prazo, dependendo de uma série de notícias que voltem a criar uma
“espiral positiva”.
O presidente da Associação
de Investidores no Mercado de Capitais (AMEC) Mauro Rodrigues da Cunha, acrescenta
que ainda há um fator extra que desestimula as empresas a realizarem ofertas
públicas no Brasil: os empréstimos oferecidos pelo Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com juros menores do que os
praticados no mercado financeiro. “É um fator inibidor para o mercado de
capitais no Brasil, já que as companhias que tem acesso ao BNDES preferem
recorrer aos empréstimos do que lançar ações no bolsa”, afirma Cunha.
O sócio-líder de Global IFRS and Offerings Services da Deloitte, Bruche Mescher, ressalta que
existem várias razões para que as empresas optem pelo fechamento de capital,
conforme a estratégia adotada pelo controlador. Mas, num momento de ações em
baixa, pode ser vantagem fechar o capital, sobretudo se os preços dos papeis
estiverem atraentes em relação ao valor real presumido da empresa. Ele lembra
ainda que há custos operacionais para manter uma empresa com capital aberto,
que podem não compensar se o desempenho na Bolsa não for satisfatório.
“Cada empresa tem um histórico e uma motivação para fechar o capital,
mas se as ações estiverem muito baratas, pode ser uma boa oportunidade para a
companhia recomprar os papeis, concorda Márcio Guedes, diretor da
Associação Brasileira das Entidades dos Mercados de Capitais (Anbima).
Neste ano, grandes empresas como Redecard, Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário
(CCDI) e Net deram início a processos de saída do Novo
Mercado, nível máximo de governança corporativa da bolsa, e posterior oferta
pública para fechamento de capital. Em,julho, foi a vez da LLX. A Net,
entretanto, acabou desistindo do processo.
É o caso do fechamento de capital da LLX, braço logístico
do Grupo EBX, de Eike Batista, a decisão pode ser interpretada como uma
resposta ao movimento de desvalorização das ações da companhia, avalia o
analista da Infinity Asset, Henri Evrard. De acordo com ele, ao retirar as
ações do mercado, a LLX sinaliza que não vai precisar desse tipo de recurso para
sustentar os investimentos nos seus
projetos, que estão em fase pré-operacional. A empresa foi listada no Novo Mercado
da BM&FBOVESPA em julho de 2008.
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Eficiência nas entregas
Por Paulo Fortuna
Para o Valor Setorial Franquias
O processo de modernização de suas franqueadas vai desempenhar um papel central nos planos dos Correios, companhia controlada pelo governo federal, para se manter como a principal empresa do setor de cargas e entregas expressas do País. O desempenho das franquias se torna ainda mais relevante quando se leva em consideração que concorrentes do setor privado também adotam esse modelo para acelerar sua expansão no mercado brasileiro, como são os casos da JadLog e da Gollog.
Os Correios possuem 1.370 franquias, sendo que 810 foram licitadas no ano passado, e todas terão que operar dentro do novo modelo, que inclui sistema de automação de atendimento online com a empresa, imóveis compatíveis com a quantidade de guichês, mobiliários e equipamentos adequados aos padrões estabelecidos..
As franquias têm até dia 30 de setembro para iniciarem a conversão e tem prazo de 12 meses para se adaptarem às novas regras. De acordo com vice-presidente de Rede e Relacionamento com os Clientes da estatal, Glória Guimarães, objetivo é que todas as unidades operem dentro do padrão de eficiência planejado pela companhia.
O funcionamento das novas unidades atende determinação legal. De acordo com as regras, os proprietários que assinarem o contrato e cumprirem as condições estabelecidas poderão abrir as novas lojas em até cinco dias após a verificação da empresa. Até o momento, 231 franqueados já estão operando no novo modelo.
“A iniciativa vai ao encontro das políticas de modernização dos Correios, promovendo a universalização e melhoria do atendimento ao público”, diz elel. executiva adianta que os Correios podem continua a expandir a área de franquias, com uma nova rodada de licitações já no ano que vem.
A diretora avalia a empresa tem condições de se manter altamente competitiva no mercado, mesmo nas áreas em que a iniciativa privada tem forte presença. “Não há qualquer empresa no mercado brasileiro com a nossa capilaridade, já que estamos presentes em todas as cidades do País”, afirma Gloria Guimarães. No total, são 6.400 unidades dos Correios espalhadas em todas as regiões do País.
A Gollog, braço da Gol na área de cargas, tem entre seus grandes alicerces justamente a sua rede de franqueados. “Dos nossos 110 terminais, somente dois, localizados em Congonhas e Guarulhos, são próprios”, conta o diretor de Cargas da Gol, Carlos Figueiredo. De acordo com ele, 75% do faturamento desta área vem hoje das unidades franqueadas.
Conforme Guimarães, uma vantagem competitiva da empresa nas operações de carga é a utilização dos espaços disponíveis de toda a frota da Gol, já que a empresa não possui aeronaves específicas para esta área. “A rede conta a regularidade e a frequência dos voos nacionais e internacionais da Gol, com cerca de 800 voos diários. Além disso, temos um serviço de porta a porta de entregas que chega a 3.500 municípios do País”, diz o diretor da Gollog.
De acordo com o executivo, o perfil dos clientes atendidos pela Gollog – 95% são da área corporativa – exige que os franqueados da marca tenham grande conhecimento mercado em que atuam. “Não é o tipo de franquia em que o proprietário monta a loja e espera os clientes chegarem. Como atendemos principalmente empresas, o franqueado tem que ser pró-ativo no mercado”, explica.
De acordo com ele, a marca Gol é um grande fator de atratividade para os interessados em adquirir uma franquia da marca. “Tivemos 2 mil acessos de candidatos a franqueados da Gollog que chegaram a nós através do site da Gol”, afirma o executivo. Em junho deste ano, a Gollog participou pela primeira vez da feira de negócios promovida pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) e, segundo Figueiredo, 300 candidatos visitaram o estande da marca.
A expectativa da Gollog é fechar o ano com 130 franquias, com foco de crescimento principalmente na região Sudeste. De acordo com Figueiredo, o negócio de cargas e encomendas da Gol vem crescendo ano a ano. “De 2009 para 2010, a alta foi de 32% e no ano passado atingiu 18%”, afirmou ele. Segundo o executivo, o crescimento no volume foi de 10% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. “A expectativa é que, com a redução dos estoques das indústrias e o aquecimento da economia, o setor continua a crescer em 2012”, diz ele.
A JadLog, empresa especializada em cargas fracionadas, também aposta no fator capilaridade para continuar a se destacar no mercado brasileiro. Conforme o diretor da JadLog, Ronan Hudson, a companhia possui 492 unidades espalhadas em todas as regiões do País e pretende atingir 500 até o final deste ano. A JadLog faturou R$ 264 milhões no ano passado e a expectativa de crescimento da receita é de 22% em 2012.
“Trouxemos muitos franqueados que eram da VarigLog e estavam desassistidos”, conta Hudson. De acordo com Hudson, cerca de 40% dos franqueados da marca já trabalhavam em alguma atividade ligada ao segmento, em especial no modal de transporte, lembrando a importância de conhecer este mercado.
http://www.revistavalor.com.br/home.aspx?pub=68&edicao=1
Para o Valor Setorial Franquias
O processo de modernização de suas franqueadas vai desempenhar um papel central nos planos dos Correios, companhia controlada pelo governo federal, para se manter como a principal empresa do setor de cargas e entregas expressas do País. O desempenho das franquias se torna ainda mais relevante quando se leva em consideração que concorrentes do setor privado também adotam esse modelo para acelerar sua expansão no mercado brasileiro, como são os casos da JadLog e da Gollog.
Os Correios possuem 1.370 franquias, sendo que 810 foram licitadas no ano passado, e todas terão que operar dentro do novo modelo, que inclui sistema de automação de atendimento online com a empresa, imóveis compatíveis com a quantidade de guichês, mobiliários e equipamentos adequados aos padrões estabelecidos..
As franquias têm até dia 30 de setembro para iniciarem a conversão e tem prazo de 12 meses para se adaptarem às novas regras. De acordo com vice-presidente de Rede e Relacionamento com os Clientes da estatal, Glória Guimarães, objetivo é que todas as unidades operem dentro do padrão de eficiência planejado pela companhia.
O funcionamento das novas unidades atende determinação legal. De acordo com as regras, os proprietários que assinarem o contrato e cumprirem as condições estabelecidas poderão abrir as novas lojas em até cinco dias após a verificação da empresa. Até o momento, 231 franqueados já estão operando no novo modelo.
“A iniciativa vai ao encontro das políticas de modernização dos Correios, promovendo a universalização e melhoria do atendimento ao público”, diz elel. executiva adianta que os Correios podem continua a expandir a área de franquias, com uma nova rodada de licitações já no ano que vem.
A diretora avalia a empresa tem condições de se manter altamente competitiva no mercado, mesmo nas áreas em que a iniciativa privada tem forte presença. “Não há qualquer empresa no mercado brasileiro com a nossa capilaridade, já que estamos presentes em todas as cidades do País”, afirma Gloria Guimarães. No total, são 6.400 unidades dos Correios espalhadas em todas as regiões do País.
A Gollog, braço da Gol na área de cargas, tem entre seus grandes alicerces justamente a sua rede de franqueados. “Dos nossos 110 terminais, somente dois, localizados em Congonhas e Guarulhos, são próprios”, conta o diretor de Cargas da Gol, Carlos Figueiredo. De acordo com ele, 75% do faturamento desta área vem hoje das unidades franqueadas.
Conforme Guimarães, uma vantagem competitiva da empresa nas operações de carga é a utilização dos espaços disponíveis de toda a frota da Gol, já que a empresa não possui aeronaves específicas para esta área. “A rede conta a regularidade e a frequência dos voos nacionais e internacionais da Gol, com cerca de 800 voos diários. Além disso, temos um serviço de porta a porta de entregas que chega a 3.500 municípios do País”, diz o diretor da Gollog.
De acordo com o executivo, o perfil dos clientes atendidos pela Gollog – 95% são da área corporativa – exige que os franqueados da marca tenham grande conhecimento mercado em que atuam. “Não é o tipo de franquia em que o proprietário monta a loja e espera os clientes chegarem. Como atendemos principalmente empresas, o franqueado tem que ser pró-ativo no mercado”, explica.
De acordo com ele, a marca Gol é um grande fator de atratividade para os interessados em adquirir uma franquia da marca. “Tivemos 2 mil acessos de candidatos a franqueados da Gollog que chegaram a nós através do site da Gol”, afirma o executivo. Em junho deste ano, a Gollog participou pela primeira vez da feira de negócios promovida pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) e, segundo Figueiredo, 300 candidatos visitaram o estande da marca.
A expectativa da Gollog é fechar o ano com 130 franquias, com foco de crescimento principalmente na região Sudeste. De acordo com Figueiredo, o negócio de cargas e encomendas da Gol vem crescendo ano a ano. “De 2009 para 2010, a alta foi de 32% e no ano passado atingiu 18%”, afirmou ele. Segundo o executivo, o crescimento no volume foi de 10% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. “A expectativa é que, com a redução dos estoques das indústrias e o aquecimento da economia, o setor continua a crescer em 2012”, diz ele.
A JadLog, empresa especializada em cargas fracionadas, também aposta no fator capilaridade para continuar a se destacar no mercado brasileiro. Conforme o diretor da JadLog, Ronan Hudson, a companhia possui 492 unidades espalhadas em todas as regiões do País e pretende atingir 500 até o final deste ano. A JadLog faturou R$ 264 milhões no ano passado e a expectativa de crescimento da receita é de 22% em 2012.
A JadLog possui frota aérea
composta por 31 aviões de 1,5 toneladas de capacidade. A frota terrestre
nacional abrange mais de 200 caminhões e carretas e 1.600 utilitários, além de
aproximadamente 1.100 veículos de franqueados. De acordo com Hudson, a JadLog
ainda tem acordos com empresas internacionais, como UPS e DHL, para operações
de carga fora do território brasileiro.
Outro diferencial é a utilização
da tecnologia. A Jadlog usa a ferramenta
ScanFraction,
um sistema
de rastreamento através da digitalização das imagens, o comprovante de entrega
da encomenda, incluindo a assinatura do destinatário, dando assim segurança ao
cliente de que os produtos foram entregues pontualmente.
A JadLog também utiliza a ferramenta “Baixa de Entrega
On Time”, pela qual o entregador, via aparelho de telefonia móvel e de
transferência de dados pela internet, abastece de forma imediata o sistema da
empresa com a informação da entrega da encomenda. Segundo ele, o modelo
desenvolvido pela empresa prevê uma flexibilidade nas operações das executadas.
”Podemos customizar o nosso sistema de acordo com o perfil das operações do
franqueado’, diz ele.
A experiência
adquirida por Hudson no setor foi importante para a expansão das operações. Ele
foi executivo da Vaspex, que era o braço no setor da extinta companhia aérea
Vasp. Hudson lembra que a Vaspex, diferentemente da companhia controladora,
apresentava bons resultados, mas foi afetada pela crise do grupo. O mesmo
ocorreu, de acordo com Hudson, com a VarigLog, também prejudicada pelos
problemas financeiros da Varig.
“Trouxemos muitos franqueados que eram da VarigLog e estavam desassistidos”, conta Hudson. De acordo com Hudson, cerca de 40% dos franqueados da marca já trabalhavam em alguma atividade ligada ao segmento, em especial no modal de transporte, lembrando a importância de conhecer este mercado.
Da limpeza ao call center, há espaço para crescer
Por Paulo Fortuna
Para o Valor Setorial Franquias
De acordo com ele, a expansão poderia até ser mais acelerada caso houvessem profissionais disponíveis no mercado para atender ao serviços desenvolvidos pela Dr. Resolve. De olho nesta dificuldade, David Pinto decidiu investir numa nova marca, o Instituto da Construção, franquia de cursos profissionalizantes voltada exclusivamente para o segmento de construção civil. A empresa já conta com unidades em funcionamento em São Paulo, São José do Rio Preto, interior paulista, e Porto Alegre, Rio Grande do Sul, além de 27 unidades vendidas que devem ser inauguradas neste segundo semestre.
O modelo de franquias implantado no Brasil pela multinacional norte-americana Jan-Pro, especializada em limpeza comercial, também tem como um dos alvos prioritários os empreendedores das classes C e D. Segundo o diretor de Novos Negócios da companhia no Brasil, Renato Ticoulat Neto, uma franquia da marca pode ser adquirida a partir de R$ 5,2 mil, atendendo ao franqueado que pretende operar seu próprio negócio, mas tem pouco capital para começar a investir.
Uma vantagem nesse modelo, de acordo com ele, é que o dono da franquia pode optar por começar a operação sozinho, sem a necessidade de contratar funcionários. Conforme o executivo, a Jan-Pro se responsabiliza pela indicação do primeiro cliente do franqueado. A companhia também tem modelos desenvolvidos para franquias de maior porte, que podem receber investimentos de até R$ 80 mil.
A Jan-Pro tem 15 franquias em funcionamento no País e implantou recentemente quatro novos escritórios em Belo Horizonte, Londrina, Campinas e Manaus, que se somaram ao de São Paulo. “Neste segundo semestre, os planos são de abrir escritórios em Salvador, Brasília e Fortaleza. Não abrimos ainda no Rio de Janeiro porque precisamos de uma estrutura completa para começar a atuar num mercado deste porte”, afirma o executivo.
Para os clientes, a grande vantagem apresentada pela Jan-Pro é a redução de custos proporciona pela tecnologia desenvolvida pela empresa na limpeza comercial e que trazem ganhos de produtividade.Ticoulat cita itens como panos de microfibra que absorvem mais sujeira que os convencionais e aspiradores mais eficientes no processo de limpeza. “Com isso. o custo de uma limpeza de um escritório pode cair de R$ 2,5 mil por mês para R$ 700,00”, exemplifica ele.
No mercado de limpeza há 21 anos, o executivo já foi responsável pela implantação de outra multinacional do setor no País e vê grandes perspectivas de crescimento nesta área de limpeza comercial. Ele lembra que a tendência é que o setor corporativo amplie cada vez mais a terceirização desse tipo de serviço e quem for mais competitivo ocupará os espaços neste mercado. A meta da empresa para o mercado brasileiro é ambiciosa, pretendendo chegar a 2 mil franquias dentro de três anos. A empresa possui hoje 118 escritórios e 12 mil franqueados espalhados por diversos países.
Empresa com tradição no mercado de películas automotivas, a Security Glass também está baseando a expansão dos negócios na marca através do sistema de franquias. A Security Glass conta hoje com três franqueados, dois na capital paulista e um em Campinas, mas projeta dobrar o número de unidades até o final deste ano, de acordo com José Maurício Guimarães, diretor de Expansão da companhia.
Guimarães já elegeu alguns mercado prioritários para começar a expansão: Grande ABC, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e as principais cidades do interior paulista. De acordo com ele, o perfil mais comum de novos candidatos a franqueados da marca são empresários que já atuam em outras atividades comerciais. Mas, lembra ele, há uma característica importante que pode ser fundamental no sucesso da franquia: “tem que gostar de carro”, diz ele, lembrando ainda que o franqueado terá que realizar um trabalho de aproximação com as concessionárias de veículos da região, que oferecem as películas no momento de venda dos automóveis novos.
Este produto vem ampliando sua participação nas vendas da empresa a cada ano. Em 2011, atingiu um percentual de 20% dos negócios, o melhor resultado já obtido desde 2004, quando a linha foi lançada no mercado brasileiro. Outro trunfo apresentado pela Security Glass foi o fechamento da parceira com a multinacional norte-americana 3M para distribuir e aplicar suas películas para vidros de veículos da marca Window Film3M
A configuração das franquias NetCallCenter contempla toda a infraestrutura de telefonia, links de internet, computadores, rede local e o software Orbium, que permite ao franqueado distribuir, regionalizar e personalizar chamados tanto de atendimentos ativos como receptivos, além de fazer uma gestão unificada dos canais. Já a rede de franqueados tem como sua responsabilidade a prestação do serviço com qualidade, o suporte de primeiro nível e a prospecção de novos negócios.
http://www.revistavalor.com.br/home.aspx?pub=68&edicao=1
Para o Valor Setorial Franquias
O setor de serviços está entre os líderes na expansão do
setor de franquias no País. Segmentos tradicionais no mercado, como reparos
domésticos e limpeza, apresentam uma demanda crescente, atraindo inclusive o
interesse de multinacionais que já operam esse modelo com sucesso no mercado
internacional. E também há espaço para o surgimento de novas frentes de
negócios em áreas como a sanitização de ambientes, call center e películas
automotivas.
A franquia Doutor Resolve, rede prestadora de serviços de
reparos e reformas de imóveis com sede em São José do Rio Preto, no interior
paulista, é um exemplo da rapidez do crescimento deste mercado. A empresa
começou a atuar somente no segundo semestre de 2010 e já com 500 franquias,
sendo 352 vendidas no ano passado. Segundo dados da Associação Brasileira
de Franchising (ABF), foi a franquia que mais cresceu em 2011.
Segundo o presidente da companhia, David Pinto, a
Doutor Resolve surgiu justamente num momento em que ele sentiu na pele as
dificuldades de encontrar uma mão de obra eficiente durante a reforma de um
imóvel, quando estava prestes a se casar. Ele se deparou com o déficit de
oferta de profissionais qualificados na construção, agravada pelo acelerado
crescimento do setor, após anos de estagnação.
“Com o aquecimento do setor, todos os tipos de
profissionais especializados foram contratados pelas construtoras e faltou mão
de obra no mercado”, lembra o empresário, que usou a sua experiência anterior
no setor de franquias para desenvolver o modelo da empresa.
Poucos meses após lançar a marca, que
oferece serviços de pintura, elétrica, alvenaria, hidráulica e jardinagem em
imóveis de todos os estado, a Dr. Resolve já contava com unidades nos estados
de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. A meta agora é se expandir para
todo o Brasil.
Além da demanda pelos serviços
prestados, Davi Pinto, cita outro fator essencial para esse crescimento: valor
cobrado pela franquia. “O franqueado investe cerca de R$ 38 mil para iniciar
seu negócio. É um valor acessível para a nova classe média brasileira, que está
ascendendo socialmente e se tornando mais empreendedora”, afirma ele. A meta de David Pinto atingir mil franquias até o final de 2013.
De acordo com ele, a expansão poderia até ser mais acelerada caso houvessem profissionais disponíveis no mercado para atender ao serviços desenvolvidos pela Dr. Resolve. De olho nesta dificuldade, David Pinto decidiu investir numa nova marca, o Instituto da Construção, franquia de cursos profissionalizantes voltada exclusivamente para o segmento de construção civil. A empresa já conta com unidades em funcionamento em São Paulo, São José do Rio Preto, interior paulista, e Porto Alegre, Rio Grande do Sul, além de 27 unidades vendidas que devem ser inauguradas neste segundo semestre.
O modelo de franquias implantado no Brasil pela multinacional norte-americana Jan-Pro, especializada em limpeza comercial, também tem como um dos alvos prioritários os empreendedores das classes C e D. Segundo o diretor de Novos Negócios da companhia no Brasil, Renato Ticoulat Neto, uma franquia da marca pode ser adquirida a partir de R$ 5,2 mil, atendendo ao franqueado que pretende operar seu próprio negócio, mas tem pouco capital para começar a investir.
Uma vantagem nesse modelo, de acordo com ele, é que o dono da franquia pode optar por começar a operação sozinho, sem a necessidade de contratar funcionários. Conforme o executivo, a Jan-Pro se responsabiliza pela indicação do primeiro cliente do franqueado. A companhia também tem modelos desenvolvidos para franquias de maior porte, que podem receber investimentos de até R$ 80 mil.
A Jan-Pro tem 15 franquias em funcionamento no País e implantou recentemente quatro novos escritórios em Belo Horizonte, Londrina, Campinas e Manaus, que se somaram ao de São Paulo. “Neste segundo semestre, os planos são de abrir escritórios em Salvador, Brasília e Fortaleza. Não abrimos ainda no Rio de Janeiro porque precisamos de uma estrutura completa para começar a atuar num mercado deste porte”, afirma o executivo.
Para os clientes, a grande vantagem apresentada pela Jan-Pro é a redução de custos proporciona pela tecnologia desenvolvida pela empresa na limpeza comercial e que trazem ganhos de produtividade.Ticoulat cita itens como panos de microfibra que absorvem mais sujeira que os convencionais e aspiradores mais eficientes no processo de limpeza. “Com isso. o custo de uma limpeza de um escritório pode cair de R$ 2,5 mil por mês para R$ 700,00”, exemplifica ele.
No mercado de limpeza há 21 anos, o executivo já foi responsável pela implantação de outra multinacional do setor no País e vê grandes perspectivas de crescimento nesta área de limpeza comercial. Ele lembra que a tendência é que o setor corporativo amplie cada vez mais a terceirização desse tipo de serviço e quem for mais competitivo ocupará os espaços neste mercado. A meta da empresa para o mercado brasileiro é ambiciosa, pretendendo chegar a 2 mil franquias dentro de três anos. A empresa possui hoje 118 escritórios e 12 mil franqueados espalhados por diversos países.
Empresa com tradição no mercado de películas automotivas, a Security Glass também está baseando a expansão dos negócios na marca através do sistema de franquias. A Security Glass conta hoje com três franqueados, dois na capital paulista e um em Campinas, mas projeta dobrar o número de unidades até o final deste ano, de acordo com José Maurício Guimarães, diretor de Expansão da companhia.
Guimarães já elegeu alguns mercado prioritários para começar a expansão: Grande ABC, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e as principais cidades do interior paulista. De acordo com ele, o perfil mais comum de novos candidatos a franqueados da marca são empresários que já atuam em outras atividades comerciais. Mas, lembra ele, há uma característica importante que pode ser fundamental no sucesso da franquia: “tem que gostar de carro”, diz ele, lembrando ainda que o franqueado terá que realizar um trabalho de aproximação com as concessionárias de veículos da região, que oferecem as películas no momento de venda dos automóveis novos.
A Security Glass comercializa três categorias
de produtos: películas de controle da luz solar com filtro UV (que no Brasil
são utilizadas mais pelo efeito estético), películas de segurança convencional
e a película de segurança máxima
Security Glass, produzida nos Estados Unidos, da qual a empresa é representante
oficial no Brasi e é a grande aposta da empresa. “É um produto destinado a
coibir ações como a quebra de vidros dos carros para realizar furtos, como é
comum no trânsito brasileiro”, diz o executivo.
Este produto vem ampliando sua participação nas vendas da empresa a cada ano. Em 2011, atingiu um percentual de 20% dos negócios, o melhor resultado já obtido desde 2004, quando a linha foi lançada no mercado brasileiro. Outro trunfo apresentado pela Security Glass foi o fechamento da parceira com a multinacional norte-americana 3M para distribuir e aplicar suas películas para vidros de veículos da marca Window Film3M
Com 10 aos de expertise no mercado de contact Center, a
NetCallCenter decidiu entrar no mercado de franquias no ano passado, mas baseia
seu projeto de expansão fora de grandes capitais como São Paulo e Rio de
Janeiro. “São mercados onde a área de call center já está bem atendida.Queremos
levar esse modelo para cidades em que as empresas de call center são
necessárias, porém escassas”, afirma a vice-presidente de Marketing e Estratégia de Negócios da NetCallCenter, Clarice
Kobayashi.
Em
um ano, já há três franquias em funcionamento e mais uma em implementação, em
Fortaleza, no Ceará. Até julho de 2013, a
empresa prevê 12 unidades em funcionamento, afirma Clarice Kobayashi. De acordo
com ela, o perfil dos novos franqueados podem ser tanto empreendedores que
pretendem entrar nesta área quanto empresários que já atuam na área de call
center, mas usarão a tecnologia desenvolvida pela companhia para realizarem um
upgrade em seus negócios. “Mas é fundamental que o franqueado tenha
conhecimento da mercado da região em que vai atuar”, lembra ela. A configuração das franquias NetCallCenter contempla toda a infraestrutura de telefonia, links de internet, computadores, rede local e o software Orbium, que permite ao franqueado distribuir, regionalizar e personalizar chamados tanto de atendimentos ativos como receptivos, além de fazer uma gestão unificada dos canais. Já a rede de franqueados tem como sua responsabilidade a prestação do serviço com qualidade, o suporte de primeiro nível e a prospecção de novos negócios.
A preocupação cada vez maior com problemas de saúde
causados por microorganismos em ambientes fechados é um fator de grande impulso
para a SuperSAN, empresa especializada na sanitização de ambientes internos. A empresa já possui 53 operações e tem como
foco principal o crescimento nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste, conta o
diretor de Marketing e Expansão da companhia, Daniel Gamez.
A SuperSAN trabalha com um sistema de
sanitização em ambientes fechados (como casas, apartamentos, empresas, veículos
e hotéis) que, segundo a empresa, elimina microorganismos nocivos à saúde. De
acordo com Gamez, o processo impede por até seis meses o surgimento de
bactérias, ácaros e fungos que provocam uma série de doenças
respiratórias.
Umas das estratégias da empresa junto aos
franqueados é garantir a exclusividade territorial. “Queremos que os nossos
franqueados desenvolvam o seu território e cresçam com as suas atividades sem a
concorrência de outra franquia da marca”, diz Gamez. De acordo com ele, a
empresa busca franqueados que, além da capacidade de gerir o empreendimento,
tenham afinidade com a filosofia da empresa. “Os franqueados têm que ter a
consciência que estão levando qualidade de vida para as pessoas”, afirma o
executivo.
segunda-feira, 30 de julho de 2012
Patrimônio revisto
Por Paulo Fortuna
Para o Valor, de São Paulo
A indústria brasileira de private banking continua a apresentar índices expressivos de crescimento no volume de ativos. O cenário, porém, é desafiador para os gestores das contas desses exigentes clientes. A meta é tentar garantir que seus mais importantes correntistas individuais consigam manter os rendimentos em meio a um cenário de instabilidade global, aliado às sucessivas quedas das taxas de juros básicos no país, que reduziram o ganho de aplicações tradicionais como fundos DI. Instrumentos financeiros não faltam no mercado para atender a esse público, mas nem sempre é fácil convencer os mais conservadores a buscar novas modalidades de investimentos.
De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) - que considera private os clientes que têm pelo menos R$ 1 milhão de investimento - o volume total de recursos sob gestão nessa área cresceu 6,87% no primeiro trimestre, passando de R$ 434,4 bilhões em dezembro para R$ 464,2 bilhões em março. Mas a quantidade de grupos que investem (pode ser um cliente pessoa física ou uma família) não teve a mesma evolução, caindo 1,33%, para 49.931.
O vice-presidente da Anbima, Celso Portásio, acredita que essa indústria continuará a crescer em ritmo elevado ao longo deste ano, mesmo com as constantes revisões para baixo de elevação do PIB. "O volume de recursos vai aumentar, em termos nominais, de 5% a 6% acima do PIB", diz.
Portásio ressalta que no início deste ano um expressivo volume de fusões e aquisições no mercado brasileiro proporcionou aumento de liquidez para clientes que se enquadram nessa faixa de mercado e, consequentemente, mais recursos a serem administrados. Conforme dados da KPMG, foram realizadas 204 operações nos primeiros três meses, um avanço de 22% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.
"Os gerentes private agora têm de convencer seus clientes que, para preservar ou elevar seu patrimônio, eles precisam pensar num alongamento dos prazos de suas carteiras ou assumir outros tipos de riscos", afirma Portásio.
Os resultados registrados pela Anbima no primeiro trimestre mostraram um crescimento de 8,09% nos recursos alocados para fundos de investimentos, para R$ 202,1 bilhões, mantendo ali a preferência entre todos os tipos de aplicações no private, com 43,5% do total, valor similar ao do trimestre anterior.
Os dados mostram que há uma evolução em busca de opções de fundos mais sofisticados. Os investimentos em fundos exclusivos/restritos atingiram R$ 87,5 bilhões, alta de 6,94%. Os fundos estruturados receberam R$ 17,7 bilhões, um aumento de 13,08%.
Já os recursos aplicados em títulos e valores mobiliários avançaram 6,6% no período, para R$ 236,9 bilhões. Nesse segmento, entretanto, a maior alta foi registrada nos investimentos em renda variável, como ações, que cresceram 17,69%. O volume investido em ativos de renda fixa como títulos públicos e privados cresceu somente 2,2%.
Investimento pouco utilizado pelos clientes de alta renda, a caderneta de poupança caiu 35,94% em março, para R$ 3,1 bilhões. Já o montante empenhado em fundos abertos de previdência avançou 12,04%, para R$ 21,6 bilhões.
"Temos que realizar um trabalho junto a alguns de nossos clientes private para que eles façam uma revisão na sua cultura de investimentos e saiam da zona de conforto de aplicações em renda fixa, como o CDI", diz o diretor-executivo do Itaú Private Banking, Celso Scaramuzza. Contudo, lembra Scaramuzza, a virada do mercado também exige mudanças por parte dos próprios executivos do banco que atuam nesse segmento e que devem ser mais proativos.
De acordo com ele, o banco está realizando o chamado "private review", intensificando a revisão periódica das carteiras dos clientes desse segmento, que no Itaú devem ter no mínimo R$ 3 milhões aplicados. "Procuramos oferecer produtos alternativos, como fundos imobiliários, de private equity ou operações estruturadas de tesouraria", destaca o diretor-executivo do Itaú. Scaramuzza ressalta que os gerentes private, por sua vez, também serão avaliados conforme o desempenho dessas carteiras, que podem inclusive ter opções de investimentos em operações no exterior.
Convencer os mais resistentes a enfrentar esse novo cenário exige um atendimento ainda mais personalizado por parte dos bancos, revela o diretor de private banking do Bradesco, João Albino. "O tempo de conversa com os clientes aumentou muito por causa da queda dos juros. Se antes levávamos 10 minutos para discutir as melhores opções, agora levamos 40", diz o executivo. O banco estabelece o piso de R$ 3 milhões.
Albino diz que faz parte do trabalho dos gerentes de private mostrarem aos seus clientes as mudanças no quadro a que estavam acostumados, com juro alto, liquidez e baixo risco, como os CDBs. "É um processo de reeducação", resume.
Para o executivo, os cenários de volatilidade e instabilidade reforçam a posição dos grandes bancos de varejo na área de private banking no Brasil. "Para esses clientes, a solidez da instituição financeira pesa muito no momento de confiar o seu patrimônio", destaca ele.
O vice-presidente de atacado, negócios internacionais e private banking do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli, também avalia que a reputação da instituição financeira acaba sendo decisiva para esse aplicador. "Desde 2008, houve uma migração de clientes private de outros bancos para o BB", afirma Caffarelli.
O executivo ressalta que o BB tem outras vantagens competitivas como a sinergia do private banking com outros setores do banco, como atacado e mercado de capitais. Esse sinergia foi acentuada desde o começo do ano, quando o segmento private passou da área de varejo para a de atacado, que atende grandes empresas. "Muitos clientes da área de private já mantinham um relacionamento com o banco através de suas empresas", lembra o executivo. O BB aceita clientes a partir de R$ 2 milhões de investimento.
Para a diretora do private banking do Santander, Maria Eugênia Lopes, a atuação dos executivos que tratam dessas contas passou a ser ainda mais relevante, sobretudo nos casos daqueles que não viam necessidade de diversificar investimentos por causa dos juros altos. Segundo ela, é necessário reforçar serviços como orientação e assessoria patrimonial. "Agora, mais do que nunca, o atendimento a um cliente private é algo muito mais amplo do que somente orientar seus investimentos', afirma a executiva, citando áreas como a assessoria fiscal e sucessão familiar.
Maria Eugênia destaca que os clientes private não são importantes somente por conta dos recursos que têm para investir na instituição - no Santander também devem ser superiores a R$ 3 milhões. "O cliente private tem um papel aspiracional dentro do banco, não apenas para os correntistas, mas também para os funcionários", ressalta.
"O nível de atendimento aos clientes é o segredo do sucesso nesse mercado", opina o diretor-geral do HSBC Private Bank no Brasil, Gabriel Porzecanski. Para manter a excelência pretendida pelo banco, o foco do HSBC passou a ser clientes com investimentos a partir de R$ 5 milhões, embora os clientes da faixa de R$ 2,5 milhões - que era o limite mínimo - tenham permanecido. "Não queremos ser o maior banco de private banking e sim o melhor", diz ele, sobre a opção por clientes de renda ainda mais elevada.
http://www.valor.com.br/financas/2768190/patrimonio-revisto#ixzz28ReYny00
Para o Valor, de São Paulo
A indústria brasileira de private banking continua a apresentar índices expressivos de crescimento no volume de ativos. O cenário, porém, é desafiador para os gestores das contas desses exigentes clientes. A meta é tentar garantir que seus mais importantes correntistas individuais consigam manter os rendimentos em meio a um cenário de instabilidade global, aliado às sucessivas quedas das taxas de juros básicos no país, que reduziram o ganho de aplicações tradicionais como fundos DI. Instrumentos financeiros não faltam no mercado para atender a esse público, mas nem sempre é fácil convencer os mais conservadores a buscar novas modalidades de investimentos.
De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) - que considera private os clientes que têm pelo menos R$ 1 milhão de investimento - o volume total de recursos sob gestão nessa área cresceu 6,87% no primeiro trimestre, passando de R$ 434,4 bilhões em dezembro para R$ 464,2 bilhões em março. Mas a quantidade de grupos que investem (pode ser um cliente pessoa física ou uma família) não teve a mesma evolução, caindo 1,33%, para 49.931.
Os resultados repetem o quadro apurado nos últimos anos, já que em 2011 a indústria de private banking registrou aumento de 21,6% no volume de ativos, praticamente o mesmo ritmo de expansão observado em 2010, de 22,9%. O crescimento acumulado nos últimos dois anos foi de 49,5%. Já a base de clientes subiu apenas 5,7%, contra 12,2% em 2010, elevando o volume médio de recursos por cliente de R$ 7,5 milhões para R$ 8,6 milhões.
O vice-presidente da Anbima, Celso Portásio, acredita que essa indústria continuará a crescer em ritmo elevado ao longo deste ano, mesmo com as constantes revisões para baixo de elevação do PIB. "O volume de recursos vai aumentar, em termos nominais, de 5% a 6% acima do PIB", diz.
Portásio ressalta que no início deste ano um expressivo volume de fusões e aquisições no mercado brasileiro proporcionou aumento de liquidez para clientes que se enquadram nessa faixa de mercado e, consequentemente, mais recursos a serem administrados. Conforme dados da KPMG, foram realizadas 204 operações nos primeiros três meses, um avanço de 22% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.
"Os gerentes private agora têm de convencer seus clientes que, para preservar ou elevar seu patrimônio, eles precisam pensar num alongamento dos prazos de suas carteiras ou assumir outros tipos de riscos", afirma Portásio.
Os resultados registrados pela Anbima no primeiro trimestre mostraram um crescimento de 8,09% nos recursos alocados para fundos de investimentos, para R$ 202,1 bilhões, mantendo ali a preferência entre todos os tipos de aplicações no private, com 43,5% do total, valor similar ao do trimestre anterior.
Os dados mostram que há uma evolução em busca de opções de fundos mais sofisticados. Os investimentos em fundos exclusivos/restritos atingiram R$ 87,5 bilhões, alta de 6,94%. Os fundos estruturados receberam R$ 17,7 bilhões, um aumento de 13,08%.
Já os recursos aplicados em títulos e valores mobiliários avançaram 6,6% no período, para R$ 236,9 bilhões. Nesse segmento, entretanto, a maior alta foi registrada nos investimentos em renda variável, como ações, que cresceram 17,69%. O volume investido em ativos de renda fixa como títulos públicos e privados cresceu somente 2,2%.
Investimento pouco utilizado pelos clientes de alta renda, a caderneta de poupança caiu 35,94% em março, para R$ 3,1 bilhões. Já o montante empenhado em fundos abertos de previdência avançou 12,04%, para R$ 21,6 bilhões.
"Temos que realizar um trabalho junto a alguns de nossos clientes private para que eles façam uma revisão na sua cultura de investimentos e saiam da zona de conforto de aplicações em renda fixa, como o CDI", diz o diretor-executivo do Itaú Private Banking, Celso Scaramuzza. Contudo, lembra Scaramuzza, a virada do mercado também exige mudanças por parte dos próprios executivos do banco que atuam nesse segmento e que devem ser mais proativos.
De acordo com ele, o banco está realizando o chamado "private review", intensificando a revisão periódica das carteiras dos clientes desse segmento, que no Itaú devem ter no mínimo R$ 3 milhões aplicados. "Procuramos oferecer produtos alternativos, como fundos imobiliários, de private equity ou operações estruturadas de tesouraria", destaca o diretor-executivo do Itaú. Scaramuzza ressalta que os gerentes private, por sua vez, também serão avaliados conforme o desempenho dessas carteiras, que podem inclusive ter opções de investimentos em operações no exterior.
Convencer os mais resistentes a enfrentar esse novo cenário exige um atendimento ainda mais personalizado por parte dos bancos, revela o diretor de private banking do Bradesco, João Albino. "O tempo de conversa com os clientes aumentou muito por causa da queda dos juros. Se antes levávamos 10 minutos para discutir as melhores opções, agora levamos 40", diz o executivo. O banco estabelece o piso de R$ 3 milhões.
Albino diz que faz parte do trabalho dos gerentes de private mostrarem aos seus clientes as mudanças no quadro a que estavam acostumados, com juro alto, liquidez e baixo risco, como os CDBs. "É um processo de reeducação", resume.
Para o executivo, os cenários de volatilidade e instabilidade reforçam a posição dos grandes bancos de varejo na área de private banking no Brasil. "Para esses clientes, a solidez da instituição financeira pesa muito no momento de confiar o seu patrimônio", destaca ele.
O vice-presidente de atacado, negócios internacionais e private banking do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli, também avalia que a reputação da instituição financeira acaba sendo decisiva para esse aplicador. "Desde 2008, houve uma migração de clientes private de outros bancos para o BB", afirma Caffarelli.
O executivo ressalta que o BB tem outras vantagens competitivas como a sinergia do private banking com outros setores do banco, como atacado e mercado de capitais. Esse sinergia foi acentuada desde o começo do ano, quando o segmento private passou da área de varejo para a de atacado, que atende grandes empresas. "Muitos clientes da área de private já mantinham um relacionamento com o banco através de suas empresas", lembra o executivo. O BB aceita clientes a partir de R$ 2 milhões de investimento.
Para a diretora do private banking do Santander, Maria Eugênia Lopes, a atuação dos executivos que tratam dessas contas passou a ser ainda mais relevante, sobretudo nos casos daqueles que não viam necessidade de diversificar investimentos por causa dos juros altos. Segundo ela, é necessário reforçar serviços como orientação e assessoria patrimonial. "Agora, mais do que nunca, o atendimento a um cliente private é algo muito mais amplo do que somente orientar seus investimentos', afirma a executiva, citando áreas como a assessoria fiscal e sucessão familiar.
Maria Eugênia destaca que os clientes private não são importantes somente por conta dos recursos que têm para investir na instituição - no Santander também devem ser superiores a R$ 3 milhões. "O cliente private tem um papel aspiracional dentro do banco, não apenas para os correntistas, mas também para os funcionários", ressalta.
"O nível de atendimento aos clientes é o segredo do sucesso nesse mercado", opina o diretor-geral do HSBC Private Bank no Brasil, Gabriel Porzecanski. Para manter a excelência pretendida pelo banco, o foco do HSBC passou a ser clientes com investimentos a partir de R$ 5 milhões, embora os clientes da faixa de R$ 2,5 milhões - que era o limite mínimo - tenham permanecido. "Não queremos ser o maior banco de private banking e sim o melhor", diz ele, sobre a opção por clientes de renda ainda mais elevada.
http://www.valor.com.br/financas/2768190/patrimonio-revisto#ixzz28ReYny00
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Recursos de base
Por Paulo Fortuna
Para o Valor, de São Paulo
Os investimentos no setor de infraestrutura podem ser a alternativa mais viável para
o crescimento sustentável da economia brasileira nos próximos anos e a melhor
proteção contra as crises que afetam o mercado global. Mas para isso é
necessário que sejam criados novos instrumentos de financiamento para o setor e
aperfeiçoados os que já existem. De acordo com levantamento da Associação
Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), a expectativa é de entre 2011 e 2015, o setor
receba investimentos de R$ 922 bilhões, mas a entidade acredita que esse número
poderá ser ainda maior, se forem tomadas medidas para incentivar novos projetos.
Do
total de volume de investimentos previstos pela Associação Brasileira da
Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), R$ 142 bilhões são destinados ao
setor de energia elétrica, R$ 424,5 bilhões para a área de petróleo e gás, R$
172 bilhões para Transportes e Logística, R$ 98,5 bilhões para telecomunicações
e R$ 85 bilhões para a área de Saneamento.
Segundo
números atualizados da Abdib, a preços de 2011, os investimentos realizados no setor
de infraestrutura, incluindo recursos públicos e privados, aumentaram de cerca
de R$ 63 bilhões em 2003 para algo em torno de R$ 170 bilhões no ano passado.
Já o
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estima que o setor receba investimentos
totais de cerca de R$ 1,5 trilhão de reais até 2015. Outro levantamento,
realizado pela Associação
Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema), indica que os
investimentos podem atingir R$ 1,47 trilhão no mesmo período, com a realização
de 12.265 obras.
O presidente da
Abdib, Paulo Godoy, ressalta que, diante de carências e gargalos existentes em
diversos setores, o investimento em infraestrutura pode se transformar num
indutor de crescimento para outras cadeias produtivas, com um impulso
importante na geração de renda e emprego, além de colaborar para o
fortalecimento da competitividade da economia brasileira. “Defendemos que os
investimentos em infraestrutura são um antídoto contra os efeitos da crise
global”, diz o presidente da Abdib, lembrando que setores como a construção
civil são intensivos na geração de postos de trabalho.
Godoy também defende incentivos
à poupança interna para que um mercado de financiamento de longo prazo se
desenvolva no País. O presidente da Abdib acredita que instrumentos de mercado,
como as debêntures para infraestrutura, podem ser mecanismos eficientes para o
financiamento de projetos do setor, reduzindo a dependência do BNDES. O banco
de fomento do governo federal é hoje o principal financiador de projetos de
infraestrutura no País.
Apesar de destacar o aumento dos aportes em
infraestrutura, Godoy ressalta que o setor de petróleo e gás acabou inflando os
resultados finais e que há setores que receberam aportes bem abaixo do que
seria necessário para fazer frente às necessidades do País. Para ele, o setor
de transporte e logística é que o necessita de maiores investimentos, sobretudo
porque é uma área chave para a competitividade das empresas brasileiras.
Godoy classifica como
positivo o cenário de investimentos para os próximos anos – incentivado por
eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas – mas avalia que os poderiam ser
ainda maiores. “Nós estamos realizando investimentos, mas outros países também
estão. E há setores, como transporte e logística, em que estamos na rabeira nos
índices de eficiência e competitividade”, ressalta o presidente da Adbid.
Godoy defende não
somente que o governo promova mais investimentos em infraestrutura, mas também
faça melhor gestão dos recursos disponíveis e diminua os entraves burocráticos
para o desenvolvimento de projetos com capital privado. “Não é necessário
apenas aumentar os recursos, mas melhorar a gestão deles. Com a melhoria da
gestão, há ganhos de velocidade, preço e qualidade na execução dos projetos”,
afirma ele.
A Abdib apoia o
modelo adotado na concessão dos aeroportos de Cumbica, Viracopos e Brasília, em
que as empresas vencedores dos leilões terão que pagar, somandas, R$ 24,5
bilhões em outorgas, além de realizar investimentos de R$ 16 bilhões. A
entidade acredita que o modelo de concessão pode ser ampliado em outros setores
carentes de investimento, como o saneamento básico, que está longe de atender a
maior da população brasileira. Para alcançar a universalização dos serviços de água
e esgoto, seriam necessários, ao longo de 15 anos,
investimentos anuais de R$ 20 bilhões.
O economista do Iedi Julio
Gomes de Almeida, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda
e professor da Unicamp, avalia que as melhores alternativas para sair da estagnação da
economia estão em reforçar o investimento público em infraestrutura e lançar mão
de mecanismos para acelerar a participação do capital privado na indústria e em
outros setores da economia. “Os incentivos em infraestrutura resultam em
investimentos duradouros que ficam e não podem ser retirados depois”, ressalta ele.
Ele ressalta
que, apesar de positivas, as medidas que o governo vem tomando para enfrentar a
crise global, com o incentivo ao consumo de bens duráveis, com o corte de
impostos e a redução das taxas de juros do crédito, trazem resultados, mas há o
risco de que elas não tenham o mesmo efeito de 2008/2009, quando
foram tomadas medidas semelhantes para enfrentar as consequências da
turbulência na economia mundial. “Como
já houve estímulo ao consumo para enfrentar a crise de 2008, as medidas tomadas
agora podem ter um impacto mais modesto, porque há um limite para que surtam
efeito ”, diz o economista.
O BNDES projeta um
crescimento no volume de liberações de recursos para o setor de infraestrutura.
Nos primeiros quatro meses do ano, o setor de infra-estrutura respondeu por 39%
(o equivalente a R$ 13,5 bilhões) do total liberado pelo banco, seguido pela
indústria, com participação de 28% (R$ 9,4 bilhões), comércio e serviços (R$
8,2 bilhões) e agropecuária (R$ 3 bilhões).
As maiores liberações
ocorreram nos projetos de transporte rodoviário (R$ 5,5 bilhões) e de energia
elétrica (R$ 4,2 bilhões). O ritmo de investimentos deve confirmar as projeções
feitas pelo BNDES de desembolsos totais em infraestrutura de aproximadamente R$
60 bilhões este ano (sem considerar o Finame, linha para a compra de máquinas e
equipamentos), acima dos R$ 56 bilhões liberados em 2011.
No último dia 15, o ministro da Fazenda, Guido
Mantega, anunciou a liberação de R$ 20 bilhões para investimentos em
infraestrutura nos estados. Os recursos fazem parte de uma linha de crédito do
BNDES chamada Pró-Investe, com financiamento de 20 anos, um ano de carência e
taxa de juros que vai de 7,1% a 8,1% ao ano (TJLP mais 1,1% ao ano para
operações com aval da União e TJLP mais 2,1% para operações sem essa garantia).
O anúncio foi feito após reunião entre a presidenta Dilma Rousseff e
governadores no Palácio do Planalto. Segundo Mantega, as medidas anunciadas
fazem parte de uma ação anti-cíclica para diminuir a exposição do Brasil à
crise econômica internacional.
O
ministro anunciou ainda a redução de tributos incidentes nas Parcerias
Público-Privadas (PPPs) -- parceria que União e estados fazem com o setor
privado para investimentos -- e a ampliação de 3% para 5% da receita corrente
líquida que cada estado poderia comprometer com estas operações.
Um instrumento financeiro que pode incentivar o setor de
infraestrutura é a emissão de debêntures por empresas com projetos nesta
área. Há um ano, o governo editou a Medida Provisória 563, que está em tramitação
no Congresso e ainda precisa ser convertida em lei, estabelecendo esse
mecanismo. Com o objetivo de viabilizar fontes
alternativas para o financiamento de longo prazo da economia brasileira, a
norma, reduziu para zero a alíquota de imposto de renda no investimento de
estrangeiros e pessoas físicas em títulos emitidos por empresas, como
debêntures. Mas não surtiu o efeito esperado pois nenhuma operação foi
realizada até agora.
Para tentar alavancar esses investimentos, o governo mandou para o Congresso
um pacote de ajustes na Lei 12.431, que concede benefícios fiscais na
captação de recursos voltados a projetos de investimento e infraestrutura.
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A expectativa é que as mudanças contribuam para reduzir as incertezas
jurídicas que vêm travando as captações. Entre as novidades, está a previsão
para que a empresa use os recursos captados dos investidores para pagar
compromissos assumidos antes da emissão. Na interpretação de parte do mercado,
o texto original da lei não prevê essa possibilidade. Isso significa que a
companhia pode, por exemplo, usar o recurso para pagar um empréstimo-ponte
realizado para viabilizar o projeto.
O governo decidiu ainda flexibilizar o percentual alocado em debêntures
incentivadas que os fundos de investimento precisam deter para se valer do
benefício fiscal, de 98% para 85%. Nos dois primeiros anos, o fundo pode ter
uma exposição ainda menor, de 67%.
Mas os agentes do mercado acreditam que o as modificações podem ser ampliadas.
Por exemplo, o governo poderia flexibilizar ainda mais a exigência de que 85%
no percentual alocado em debêntures incentivadas que os fundos de investimento
precisam deter para se valer do benefício fiscal. O benefício fiscal,
entretanto, valeria somente para a parcela referente às debêntures destinada ao
projeto de infraestrutura, o que facilitaria a formação de fundos de
investimento com esse objetivo.
Apesar do mecanismo ainda não ter decolado, o
presidente BNDES, Luciano Coutinho, estimou
que cerca de 30% dos recursos que serão tomados para investimentos em
infraestrutura até 2015 podem ser captados essas debêntures vinculadas ao
setor. De acordo com ele, podem chegar a até R$ 500 bilhões de reais neste
prazo.
Para a advogada especialista em estruturação de projetos de
infraestrutura, Rosane Lohbauer Menezes, do escritório MHM, essas ações mostram
que o governo está empenhado em estimular a participação do setor privado no
setor. Mas ela ressalta que há outras medidas importantes que podem alavancar
investimentos, como a desoneração dos investimentos para o setor. Além disso,
ressalta, é necessário aperfeiçoar a modelagem de investimentos como as PPPs.
Por conta da carência de corpos técnicos, faltam projetos para essa área,
destaca a especialista.
A advogada ressalta que existem outros mecanismos de captação de recursos
para projetos de infraestrutura que ainda não foram utilizados, mas que podem
vir a ter participação importante, como os fundos de Fundos de Investimento em
Participações em Infraestrutura (FIP-IE), que possuem benefício fiscal
específico para financiamento de projetos de infraestrutura nos setores de
energia, transporte, água, saneamento básico, irrigação e outros que o governo federal
venha a determinar.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Redução de juros provoca demanda por diversificação
Paulo Fortuna
Para o Valor, de São Paulo
A indústria de fundos de investimento no Brasil, que tem
um patrimônio líquido de R$ 2 trilhões, está passando por um novo momento,
proporcionado principalmente pela política de redução dos juros básicos da
economia por parte do Banco Central (BC), que na última reunião fixou a taxa
Selic em 8,5% ao ano. Com isso, os fundos baseados nas taxas de juros básicos
(e também seu espelho, o CDI), como os tradicionais DI, classificados como de
baixo risco, tendem a ser menos atraentes, o que cria uma tendência de migração
por parte dos investidores, como já apontaram os resultados da Associação
Brasileira das Entidades dos Mercados
Financeiro e de Capitais (Anbima).
Os fundos de investimento fecharam o mês de maio com resgate líquido de
R$ 4,236 bilhões, segundo dados da Anbima.
Com a tendência de redução da taxa básica de juros, os fundos DIs
lideraram os saques no mês, registrando saída líquida de R$ 6,740 bilhões. No
ano, a categoria acumula aporte líquido de R$ 17,192 bilhões.
Os multimercados também registram resgate líquido em maio que somaram R$
5,275 bilhões. No ano, no entanto, a categoria acumula entrada líquida de R$
4,780 bilhões.Já os fundos de renda fixa tiveram captação líquida de R$ 3,707
bilhões no último mês, impulsionada pelos fundos renda fixa índice, que podem
aplicar em papéis prefixados e indexados à inflação. No ano, a categoria
acumulava aporte líquido de R$ 24,052 bilhões.
O diretor de Investimentos da HSBC Global Asset
Management, Mário Felisberto, confirma que já há um movimento de clientes, que
preocupados com a perda de rentabilidade dos fundos atrelados à Selic, estão
buscando novas opções oferecidas pela instituição financeira. “O investidor
está tomando consciência de que não adianta ficar somente num investimento
conservador. Se quiser ganhar mais, ele terá que correr mais riscos”, afirma
Felisberto. “O desafio é preparar os clientes para que essa migração seja
gradual e pouco traumática”, destaca o executivo.
De acordo com Felisberto, o HSBC já vinha desenhando a
estratégia de trabalhar com um cenário de juros mais baixos e se preparou para
oferecer aos clientes produtos mais sofisticados. O diretor aponta, por
exemplo, a tendência de fundos de renda fixa baseados em crédito privado ou a
índices de preços (como o IPCA) ou nos fundos multimercado, que podem combinar
renda fixa e variável em sua composição.
Entretanto, ele avalia que momento de mercado não é
recomendável para investimentos em fundos de ações. “A redução nas taxas de
juros tende a favorecer os investimentos em bolsa, mas o mercado de ações tem
sido afetado pela tensão no cenário internacional”, afirma Felisberto.
“Precisamos tem cuidado nesta transição. O investidor que sair diretamente de
um fundo de DI para o mercado de ações pode se machucar”, diz ele.
O Itaú vem se preparando desde 2005 para este momento do
mercado afirma o head da área de Multimercados da instituição financeira,
Marcelo Siniscalchi. “Nós apostamos
neste cenário de convergência de taxas de juros há oito anos e buscamos os
melhores profissionais do mercado para trabalhar dentro dessa estratégia”,
afirma o executivo. “O resultado foi que em 2005 tínhamos um PL de R$ 190
milhões em head funds e hoje chegamos a R$ 5 bilhões”, afirma o executivo.
Com o novo cenário, acredita que os fundos Siniscalchi
multimercados podem ganhar ainda mais espaço, por conta da possibilidade de
diversificação dos investimentos. “É importante que o cliente saia que existem
diversos tipos de fundos multimercados, para perfis diferentes de
investidores”, afirma ele. Há fundos multimercado mais arriscados ou moderados,
com ou sem renda variável na carteira, e o gestor podem optar por ações ou
cestas de moedas, por exemplo.
Paulo Barbosa, sócio da STK Capital, gestora de recursos
com foco em renda variável, afirma que a boas opções no mercado de ações, mesmo
com a volatilidade das bolsas do redor do mundo, inclusive no Brasil. “O
mercado de bolsa é o único que, quando há uma promoção, os clientes saem
correndo da loja”, brinca Barbosa, se referindo ao fato de muitos papéis, em
razão da crise global, estarem excessivamente descontados.
Barbosa ressalta que o investidor de fundo de ações deve
levar em conta um estratégia de longo prazo. Um dos fundos geridos pela STK tem
posições primordalmente compradas, também considerando a capacidade de distribuição de
dividendos das empresas investidas.
Os dividendos são repassados mensalmente
aos cotistas do fundo, o que reduz o imposto de renda incidente sobre os
rendimentos no resgate de cotas (os dividendos são isentos de tributação). De
acordo com ele, a STK também tem apostado em setores e empresas que avaliam ser
promissores, como o Banco Itaú Cosan e companhias que atuam na área de
shoppings.
Marcos Antonio Martins, sócio da Pulsar Invest,
especializada na gestão de grandes fortunas, ressalta que grande parte dos
clientes ainda são conservadores em relação ao grau de risco. Mas, ainda assim,
ele acredita que deve haver uma maior exposição dos investidores em produtos de
renda variável. A Pulsar, através de sua controlada GPS, monta a carteiras de
investimentos de acordo com a necessidade de seus clientes e suas famílias – a
empresa não vende financeiros próprios - que devem ter no mínimo R$ 3 milhões
para aplicar.
Os gestores independentes acham que o novo cenário é
benéfico para as instituições que, segundo eles, têm mais flexibilidade para
atender os clientes da área de fundos do que os grandes bancos, que hoje ainda
concentram grande parte das operações no mercado brasileiro. A Órama Investimentos
aposta na plataforma da internet para oferecer aplicações em fundos para
clientes que têm a partir de R$ 5 mil para investir. De acordo com a consultora
de investimentos da Órama, Sandra Blanco, a proposta é dar ao varejo acesso a
fundos antes limitados aos clientes de altíssima renda dos private banks. “Oferecemos
fundos sofisticados que normalmente exigiriam dos clientes aplicações iniciais
bem mais elevadas”, afirma a consultora de Investimentos.
O diretor técnico da Apogeo Investimentos, Paulo
Bittencourt, acredita que é hora dos investidores de fundos saírem da “zona de
conforto” e procurarem opções mais diversificadas no mercado, embora ressalte
que a migração não será tão fácil, por falta de mais produtos diferenciados. A ideia
é da Apogeo oferecer aos clientes da gestora um “coaching financeiro” para a
escolha do melhor produto compatível com seu perfil.
“Dificilmente um cliente vai sair de um fundo DI e
aplicar diretamente na Bolsa. Ele deve experimentar primeiro um fundo de ações”,
exemplifica Bittencourt. A Apageo tem
sete fundos em
operação, sendo três referenciados DI, dois multimercados e dois de ações. O
público-alvo da gestora são clientes que tenha entre R$ 25 mil e R$ 3 milhões
para investir.
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