sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Transmissões na Copa serão vitrine privilegiada da 4G

Por Paulo Fortuna
Para o Valor, de São Paulo


A Copa de 2014, que será disputada no Brasil, será o primeiro grande evento esportivo global em que estará em funcionamento o serviço da banda larga e telefonia móvel de quarta geração (4G). De acordo com os planos do governo brasileiro, todas as cidades que sediarem a competição já terão a tecnologia disponível, o que possibilitará aos usuários que tenham aparelhos compatíveis um acesso de 20 a 40 vezes mais rápido, em média, do que o alcançado com as atuais redes 3G. A implantação da rede 4G faz parte de uma série de ações para tentar garantir que o sistema de comunicações na Copa funcione à altura de uma competição desse porte, que incluem também investimento em fibra ótica e em fiscalização.

"A Copa é a oportunidade de acelerar os investimentos necessários para melhorar a infraestrutura que é oferecida aos cidadãos do país", diz o secretário-executivo do Ministério do Esporte e membro do Grupo Executivo da Copa (Gecopa), Luís Fernandes. Para ele, os investimentos deixarão um legado importante no que se refere à integração e qualidade dos serviços.
Fernandes acredita que, com as ações previstas, o Brasil não deve ter problemas com as comunicações durante a Copa, evitando, por exemplo as dificuldades causadas pelo excesso de tráfego de dados durante a Olimpíada de Londres, em agosto.

O governo federal definiu em abril que os setores de telecomunicações e tecnologia da informação (TI) receberão aportes de R$ 371 milhões voltados a infraestrutura e segurança para a Copa. Um dos objetivos principais é garantir que links de internet e as transmissões de TV não sofram falhas durante os jogos. Para a implantação de redes de fibra óptica e ligação via rádio nos locais em que vão ocorrer eventos da Copa e nos centros de treinamento das seleções está previsto gasto de R$ 200 milhões.

Caberá à Telebrás implantar essas operações. Ao final da Copa, a nova infraestrutura será integrada à rede de fibras que será usada no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que pretende massificar o acesso à internet de alta velocidade no país.
O segundo grande investimento é com a fiscalização e monitoramento do uso dessa estrutura. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai gastar R$ 171 milhões para executar esses serviços, considerados essenciais para a realização da Copa.
Essa fiscalização inclui, para cada cidade-sede, a instalação de quatro estações móveis da Anatel em estádios; seis estações fixas, em aeroportos e Fan Fests; dez fiscais; duas unidades que farão testes de qualidade dos serviços móveis de telecomunicação.

O gerente geral de fiscalização da Anatel, Tiago Henrique Botelho, diz que caberá à agência, por exemplo, monitorar o uso dos espectros de frequência durante as transmissões do evento - trabalho é fundamental para evitar interferências nas transmissões. A Anatel também está investindo no treinamento dos funcionários. "Não adiantar somente investir equipamentos, temos que ter também servidores capacitados para exercer essas atividades, explica.


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